11/22/2008

Arara azul de lear



Nome Inglês: Indigo Macaw
Nome Científico: Anodorhynchus leari
Alimentação: Principalmente coco do licuri, mas também de outros frutos como o pinhão, o umbu e o mucumã, ás vezes atacam as plantações de milho
Reprodução
Na época de reprodução, que vai de dezembro a maio, os casais separam-se do bando e passam a freqüentar o ninho que são feitos nas cavidades dos paredões. A fêmea coloca entre 2 a três ovos
Habitat
É uma espécie endêmica da Caatinga, vive em desfiladeiros e paredões de granito e onde existem as palmeiras licuri
Distribuição Geográfica
Exclusivamente estado da Bahia no Brasil A redescoberta
Mesmo com os primeiros raios de sol, a escalada é difícil. Mas não se pode reclamar dessa maratona. Se ainda hoje não é fácil chegar até a região da lear, imagine há vinte e oito anos! Foi quando o ornitólogo Helmut Sick, doutor em Ciências Naturais pela Universidade de Berlin, chegou à Toca Velha. Até aquele ano, a arara-azul-de-Lear era tida como extinta. Alguns exemplares encontrados em museus da Europa traziam a origem, o Brasil. Mas não informavam a região.
O ornitólogo decidiu vir ao Brasil em expedição para localizar a Lear. Uma procura que durou mais de dez anos. Ao final, o menino Eurivaldo Macedo Alves, estava lá, ao lado do pesquisador famoso. Caboclo, como é conhecido, hoje tem 33 anos. Mas lembra de cada detalhe da descoberta que acabou dando identidade à espécie.
¨No final dessa expedição, o pesquisador já estava em Salvador para ir embora. Ele perguntou para o meu pai, Eliseu, se tinha possibilidade de procurar onde tava o dormitório. Meu pai disse que sim. E todo mundo ficou alegre quando viu o bicho e foram tirar foto¨, relembra o Cabloco.
Hábitos e costumes
Diferente das outras araras-azuis, a Lear não dorme empoleirada. Procura abrigo nas fendas ou na vegetação no alto dos paredões. Basta o sol sair e começa uma barulhenta revoada.
Ela é uma das quatro espécies de arara-azul no Brasil. Duas delas já são consideradas extintas. A Lear é muito parecida com a arara-azul-grande - ou una - que habita principalmente na região Central do Brasil. Mas é menor, tem no máximo 70 centímetros e a plumagem é de um azul mais pálido. Quando estão acasaladas, se separam do bando e passam a freqüentar o ninho nas grotas dos paredões.
O casal que fica mais tempo no buraco está, provavelmente, com o ninho pronto e já tem filhotes. Eles se revezam nos cuidados e na vigília e chegam a criar três filhotes por temporada. Mas a média de sobrevivência é de duas ararinhas por casal.
Um casal vizinho tem comportamento diferente. Permanece por mais tempo fora, porque ainda deve estar formando o ninho. O solitário que acompanha é um viúvo. É a característica das espécies dessa família, os psitacídeos. Os casais formados são fiéis até a morte.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu sou douglas, mas não é só por isso que gostei. Muito interessanteee.